“O concerto estava previsto para as 22h e eram precisamente 22h quando o nome mais antecipado deste primeiro dia de Rock in Rio subiu ao palco – a organização indica que 44% dos visitantes de hoje veio propositadamente para ver o músico inglês.
Robbie Williams trouxe ao Parque da Bela Vista a sua décima tour, inspirada no álbum Swing Both Ways, e que arrancou a 25 de Abril, em Budapeste, tendo passado por cidades como Viena, Amesterdão, Oslo e Hamburgo, até chegar a Lisboa. Mas o alinhamento que aqui foi apresentado foi bastante diferente de outros concertos desta tour, não se centrando neste último álbum, passando antes por temas mais antigos e por inúmeros covers.
Numa noite em que o frio apertou e com um recinto muito composto, mas longe da enchente que se aguarda para o dia de Rolling Stones, o Mr. Entertainment subiu ao palco acompanhado por uma banda com trejeitos de orquestra e vestido a preceito, com um casaco abas de grilo e uma batuta que mais o fazia parecer um maestro do que o ex enfant terrible daboysband Take That.
O concerto arrancou com ‘Let me Entertain You’, seguindo-se ‘Let Love be Your Energy’. Mas foi com a sequência ‘We Will Rock You’, ‘Rock DJ’ e ‘Come Undone’ que conquistou a plateia. “Portugal can you hear me? Are you with me?”, disse.
Depois do rock chegou o swing e o soul, primeiro com uma homenagem a Nova Iorque, com os temas ‘Empire State of Mind’, de Alicia Keys e ‘New York, New York’, de Sinatra; depois com clássicos como ‘Hit the Road Jack’, de Ray Charles e ‘Reet Petite’, de Little Richard, cantados em jeito de medley.
Quando na plateia já se questionava se não cantaria mais temas seus, Robbie Williams ainda surpreende ao interpretar U2 e Oasis, para então partir para uma recta final avassaladora, com dois dos seus maiores sucessos, ‘Feel’ e ‘Angels’. Ao despedir-se ainda questionou a plateia sobre quem venceria o Mundial de Futebol – ouvindo um uníssono “Portugal!”; e prometeu que ia tentar não voltar a engordar, mas que o problema era gostar muito de chocolate.
Aos 40 anos, Robbie Williams já está longe do jovem rebelde que se tornou conhecido nos Take That. Mais maduro e confiante, domina o palco com mestria e justifica o título de Mr. Entertainment. Seja a interpretar os seus temas, seja a apoderar-se dos temas de outros músicos, Robbie Williams foi um maestro de luxo.”
Texto originalmente publicado no Jornal Sol.
Robbie Williams encantou no Rock in Rio 2014
“O concerto estava previsto para as 22h e eram precisamente 22h quando o nome mais antecipado deste primeiro dia de Rock in Rio subiu ao palco – a organização indica que 44% dos visitantes de hoje veio propositadamente para ver o músico inglês. Robbie Williams trouxe ao Parque da Bela Vista a sua décima tour, inspirada no […]
“O concerto estava previsto para as 22h e eram precisamente 22h quando o nome mais antecipado deste primeiro dia de Rock in Rio subiu ao palco – a organização indica que 44% dos visitantes de hoje veio propositadamente para ver o músico inglês.
Robbie Williams trouxe ao Parque da Bela Vista a sua décima tour, inspirada no álbum Swing Both Ways, e que arrancou a 25 de Abril, em Budapeste, tendo passado por cidades como Viena, Amesterdão, Oslo e Hamburgo, até chegar a Lisboa. Mas o alinhamento que aqui foi apresentado foi bastante diferente de outros concertos desta tour, não se centrando neste último álbum, passando antes por temas mais antigos e por inúmeros covers.
Numa noite em que o frio apertou e com um recinto muito composto, mas longe da enchente que se aguarda para o dia de Rolling Stones, o Mr. Entertainment subiu ao palco acompanhado por uma banda com trejeitos de orquestra e vestido a preceito, com um casaco abas de grilo e uma batuta que mais o fazia parecer um maestro do que o ex enfant terrible daboysband Take That.
O concerto arrancou com ‘Let me Entertain You’, seguindo-se ‘Let Love be Your Energy’. Mas foi com a sequência ‘We Will Rock You’, ‘Rock DJ’ e ‘Come Undone’ que conquistou a plateia. “Portugal can you hear me? Are you with me?”, disse.
Depois do rock chegou o swing e o soul, primeiro com uma homenagem a Nova Iorque, com os temas ‘Empire State of Mind’, de Alicia Keys e ‘New York, New York’, de Sinatra; depois com clássicos como ‘Hit the Road Jack’, de Ray Charles e ‘Reet Petite’, de Little Richard, cantados em jeito de medley.
Quando na plateia já se questionava se não cantaria mais temas seus, Robbie Williams ainda surpreende ao interpretar U2 e Oasis, para então partir para uma recta final avassaladora, com dois dos seus maiores sucessos, ‘Feel’ e ‘Angels’. Ao despedir-se ainda questionou a plateia sobre quem venceria o Mundial de Futebol – ouvindo um uníssono “Portugal!”; e prometeu que ia tentar não voltar a engordar, mas que o problema era gostar muito de chocolate.
Aos 40 anos, Robbie Williams já está longe do jovem rebelde que se tornou conhecido nos Take That. Mais maduro e confiante, domina o palco com mestria e justifica o título de Mr. Entertainment. Seja a interpretar os seus temas, seja a apoderar-se dos temas de outros músicos, Robbie Williams foi um maestro de luxo.”
Texto originalmente publicado no Jornal Sol.