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Como enfrentar os Exames Nacionais por Vasco Grilo

Como todos sabemos está a chegar a tão crítica e decisiva época de exames. Os alunos do 9º ano, 11º ano e 12ºano já estão atarefados em estudar para conseguirem a melhor nota possível. Deixo aqui uma crónica pelo cronista Vasco Grilo publicada no Correio do Minho. (http://www.correiodominho.com/cronicas.php?id=1691) Como enfrentar os Exames Nacionais? O ano […]

Como todos sabemos está a chegar a tão crítica e decisiva época de exames. Os alunos do 9º ano, 11º ano e 12ºano já estão atarefados em estudar para conseguirem a melhor nota possível. Deixo aqui uma crónica pelo cronista Vasco Grilo publicada no Correio do Minho. (http://www.correiodominho.com/cronicas.php?id=1691)

Como enfrentar os Exames Nacionais?

O ano lectivo está a chegar ao fim e é altura de pensar nos exames nacionais. Para muitos alunos, trata-se de fechar o secundário (ou o 3º ciclo) e pensar numa nova vida. Para outros (11º ano), os exames parecem chegar cedo demais, embora com uma forte influência na nota final de candidatura ao ensino superior.
Não vou aqui resolver o problema de se saber se deve ou não haver exames externos. Apesar de haver argumentos sérios da parte daqueles que defendem a sua incongruência num sistema que privilegia a avaliação contínua, considero que a fórmula encontrada é equilibrada, pois bem vistas as coisas o peso relativo dos exa-mes na nota final conta apenas trinta por cento face à nota final de frequência. Os exames são decisivos sim para a nota de acesso ao ensino superior mas essa é, parece-me, a sua principal razão de ser. A grande vantagem dos exames nacionais é que permite aferir a qualidade do trabalho desenvolvido pelas diferentes escolas, aspecto este essencial para a equidade no acesso ao ensino superior.
A questão que me interessa é a de como fazer para superar com êxito o desafio representado pelos exames. Nestas alturas, como em muitas outras circunstâncias difíceis, não há muitas al- ternativas: apenas o estudo, o trabalho e o esforço permitirão obter resultados. Ninguém conseguirá bons resultados sem trabalho, desiludem-se os oportunistas. O tempo dedicado à aprendizagem é um bem indispensável: quem mais e melhor aprender (trabalhando) mais e melhor estará preparado para sair dos exames com uma boa nota.
Por isso se diz que quem faz bem o trabalho de casa estará sempre mais preparado para o que há-de vir. O trabalho de casa, neste contexto, é o estudo prévio das matérias, desde os primeiros meses do ciclo de estudos, num labor incessante, sem temor ou ilusão. Repescando uma expressão agora em voga, direi que a função de estudante deve ser norteada por uma ética de responsabilidade, no sentido de que se é responsável pelo tempo que se anda na escola e de que a sociedade tem o direito de exigir que esse tempo seja adequadamente utilizado.
Ser-se bem ou mal sucedido nos exames então dependerá em grande parte do esforço investido na aprendizagem e não na sorte. Atribuir o êxito à sorte ou ao engenho é um erro que se paga caro, pois a sorte ou o engenho não são factores contro-láveis pelo indivíduo. A estratégia certa passa por atribuir o êxito ao trabalho, aspecto este controlável pelo indivíduo.
Uma outra estratégia de sucesso é o treino. Ninguém, mesmo o mais inteligente, nasce ensinado. Estudar requer tempo e treino. Tudo o que é novo se apresenta sempre obscuro, nebuloso, incerto. A luz vem do conhecer, do ver melhor, do compreender. Conhecer é o primeiro nível e deve ser resolvido de uma forma sólida. Depois, conhecer permite resolver problemas. Ora, esta dimensão exige prática, muita prática, mas também método. É preciso aprender como aprender. Uma estratégia possí-vel passa por aceder a situações modelo e treinar os seus esquemas de resolução. Para um pro-blema há sempre, pelo menos, uma solução disponível. Conhecê-la é o primeiro passo. O passo seguinte, o mais exigente, é compreender a lógica da solução, pois todo o problema tem uma lógica de resolução, um racional, uma ideia que o resolve. A interacção entre pares, entre alunos nas mesmas situações, ajuda muito a desenvolver esta aprendizagem. Estudar em gru-po é igualmente uma boa estratégia. Finalmente, nunca se deve dar por vencido.
Como enfrentar então os exames? Estudar e treinar. Treinar e estudar. A ética da responsabilidade (trabalho) é um valor maior que deve ser cultivado na escola pública.

Fonte: Correio do Minho (Artigo Original)

Outra Considerações

Deixo também aqui alguns materiais úteis para os alunos que vão a exame: